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Há muitos anos trabalho com Consultoria de Recursos Humanos, com foco em gestão estratégica de pessoas, no suporte ao crescimento do negócio.

Em processos seletivos, em alguns clientes, costumo bater um papo com os finalistas para entender não somente aspectos de perfil, mas também a aderência à cultura e até o momento da carreira.

Já ouvi relatos de pessoas que deixam de se candidatar a posições em algumas empresas porque tiveram alguma experiência com a falta de retorno. Não dar feedback ao final dos processos comumente “queima o filme” das empresas contratantes. Isso se agrava se o profissional estava em um momento crítico, seja pelo desemprego ou qualquer fator semelhante. O que me chama a atenção é que há nestes relatos, uma experiência de exclusão social.

O desafio é: como tornar o processo uma relação humana, respeitosa e inclusiva? Com a experiência que adquiri e nas conversas que tive, vale expor algumas impressões:

1) As pessoas passam por ciclos, mudam de fase, amadurecem e feedbacks ajudam o profissional a crescer e fazer uso do principal motivo que o fez ser escolhido para uma posição; do mesmo modo, quem não foi aprovado, pode decidir o que fazer quando sabe o que ocorreu.

2) É bobagem achar que há um “problema” no profissional não escolhido. Há muitos motivos além do perfil, formação e experiência exigida para a posição: a equipe, o cliente e momento da empresa são complementariedades analisadas para a decisão final.

3) Quando a questão comportamental é um aspecto impeditivo para uma contratação, na maior parte das vezes, é de ordem relacional. Seja qual for o motivo, precisa ser exposto por quem avalia, pois pode ser a oportunidade de um profissional compreender o que faz ou não sentido, ajustar em si. É uma decisão pessoal e intrasferível.

Outro dia tive uma experiência muito legal, em um parceiro que atendo, a Agência Virta Comunicação! Um profissional que conversei no ano passado, me mandou uma mensagem a respeito de uma decisão que tomou a partir da devolutiva de seu processo seletivo. Ele não foi contratado na ocasião, mas decidiu trabalhar em uma área nova, aderente ao perfil que conversamos e relacionado a criação de jogos eletrônicos. Estava entusiasmadíssimo! E todos os que o conheceram na Agência vibraram junto!

Convido você, empresa, a pensar se seus processos de avaliação de profissionais traduzem a cultura inclusiva e empática que deseja. Em caso positivo, parabéns! Agora, se ainda não, dá tempo!

Daniele Mendonça

Sócia Diretora

Orienta Ação de Carreira

www.linkedin.com/in/danielemendonca

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