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A pesquisa ‘Hábitos de Consumo de Informações e Checagem de Notícias’ da Agência Virta e do Instituto Qualibest ouviu 884 pessoas no final do mês de julho de 2022, e mostra preocupação crescente com fake news e a disseminação do hábito de checagem de notícias.

Grande parte das pessoas cita as redes sociais como principais canais utilizados na rotina diária de informação, mas há uma desconfiança significativa sobre a credibilidade das informações nessas plataformas. Esse é um dos pontos centrais da pesquisa qualitativa da Virta, feita em parceria exclusiva com o QualiBest, e traz dados muito interessantes sobre o assunto.

A confiança nos jornalistas é um fator bastante importante para os consumidores de notícias e isso se traduz no elevado índice de crédito dos grandes portais de notícias e das emissoras de rádio e TV quanto à veracidade das informações, segundo os dados do estudo. Mas, até que ponto podemos acreditar nas informações que estamos consumindo ultimamente? Será que as fontes disponíveis são confiáveis? E os serviços de checagem de notícias, eles realmente funcionam?

A preocupação com a qualidade das notícias publicadas nos mais diversos veículos e canais de comunicação tem tirado o sono de algumas pessoas e despertado a curiosidade em muitas outras. Afinal, o que mudou nos hábitos de consumo de notícias e o quanto a crescente disseminação das fake news influencia diretamente nesse comportamento?

Mudanças de hábito

Para a grande maioria dos internautas, 92%, consumir notícias faz parte da rotina diária, sendo que 94% deles consideram fundamental checar as informações recebidas. Apesar das principais redes sociais figurarem entre os canais mais utilizados para informação para 3 a cada 4 entrevistados, apenas 13% deles acreditam que as notícias consumidas no Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn e Youtube são totalmente confiáveis. Segundo os números, os portais de notícias e as emissoras de rádio e TV são os canais de notícias com maior credibilidade entre os participantes, somando 69%. 

Os canais digitais passaram a protagonizar a disseminação das notícias, mas a credibilidade apontada pela pesquisa sobre as principais plataformas e aplicativos utilizados pelos consumidores não condiz exatamente com o uso cada vez mais intenso desses canais digitais de informação. Os números mostram que os aplicativos de mensagens como Whatsapp e Telegram são considerados fontes menos confiáveis para mais da metade dos entrevistados (51%), seguidos das redes sociais, que somam 27%.

Os números mais interessantes da pesquisa tratam justamente da mídia considerada mais tradicional. Apesar dos veículos impressos terem sido citados por apenas 26% das pessoas como uma de suas fontes de informação, o que mostra uma grande perda em relevância, apenas 8% dos entrevistados colocam a mídia impressa como fonte menos confiável, mostrando que o profissionalismo dos formadores de opinião ainda é levado muito em conta.

Checar informações

Outros dados muito interessantes da pesquisa têm a ver diretamente com os hábitos no consumo das informações por conta do crescimento das fake news. Ao todo, 81% dos entrevistados mudaram de hábito, seja radicalmente ou não, e quase todos os participantes da pesquisa afirmaram que checam as notícias independente da fonte (55%) ou apenas quando desconfiam do tema (41%). Sobre o crescimento das fake news, 95% acreditam que o consumo das notícias falsas tem aumentado de fato.

Fato ou Fake é a agência mais lembrada

Apesar desses grandes percentuais, muitos não estão familiarizados com os serviços de checagem, já que 60% afirmaram que não conhecem nenhuma das agências de checagem disponíveis. Entre os que conhecem, a Fato ou Fake do portal G1 foi a mais lembrada, seguida da Agência Lupa e do Aos Fatos. As eleições também foram destaque da pesquisa, com 55% dos entrevistados que afirmam ter alguma preocupação com a influência que as notícias falsas podem provocar no resultado das eleições.    

Sobre o estudo

A pesquisa ‘Hábitos de Consumo de Informações e Checagem de Notícias’ da Agência Virta e do Instituto Qualibest ouviu 884 pessoas no final do mês de julho de 2022, por meio de um painel online com uma amostra formada por 51% de mulheres e 49% de homens, pertencentes às classes A, B e C, em todas as regiões do país.

O estudo está disponível para download na íntegra, ACESSE AQUI.

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